segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Ontem fui convidado a assistir um espetáculo aqui em Madrid. A proposta do espetáculo foi recontar, com os atores que estavam na cena, as histórias de amor que o público foi narrando ao longo do espetáculo.  
Uma coisa que me veio nesse espaço-tempo além mar foi, justamente, o amor que não se pode tocar. Até que ponto o toque nos alimenta ou nos faz falta no exercício do amor. Até que ponto o amor se auto-sustenta na existência de si mesmo, na ausência, no espaço BRANCO como as folhas de papel que criam uma ponte e uma distancia entre pontos distintos ( o aqui e o lá ) que se encontram nessa mesma ponte e se acercam.
Até que ponto eu-corpo posso estar em dois lugares ao mesmo tempo e que tempo é esse?

No meu tempo, ou melhor dizendo: nos meus tempos me encontro em lugares distintos e "aos mesmos tempos". Aqui e lá e, as vezes, quase aqui e muito lá, ou muito aqui e nada lá, ou muito aqui e um pouco lá no lá de um lugar e quase nada lá no lá de outro lugar de lá,  uma combinação aleatória de aqui´s e lá´s que já não são dois, são vários. Devaneios que podem fazer algum sentido, muito sentido ou nenhum pra outros que não estejam aqui mas, sim, lá...

Agora com o Nó, me encontro muito lá e depois de alguns meses aqui me encontro muito aqui... Onde estou?

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